sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

• sms recebido de uma pessoa amiga

Tive este sms recebido de uma pessoa amiga, para me "picar":

"José Sócrates encontra uma prostituta e pergunta-lhe: Você quer conhecer-me? Quanto quer para passar a noite comigo?
Ela responde: Se o senhor conseguir fazer o seu pénis crescer como fez com os juros, e mantê-lo teso como estão todos os portugueses, levantar a minha saia como faz com os impostos e baixar a minha calcinha como fez com os salários, me f... com jeitinho como f... o povo português, esta noite é de graça!..."

E a minha resposta foi:

"Cada vez admiro mais José Sócrates, porque ele é mesmo assim bom, e sem intenção de o ser. O que não seria dele se tivesse mesmo vontade própria de ser esse supermacho! Viva Sócrates e abaixo os sofistas deste país e deste mundo inteiro, que só sabem destruir as boas ideias e as vontades puras e abnegadas de contribuir para o nosso progresso e bem-estar comum!"

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

• Cansado me confesso...

Já não leio jornais.

A televisão não ligo, para não ver replicadas em todos os canais nacionais sempre as mesmas enfadonhas imagens das mesmas deprimentes conferências de imprensa sobre as discussões entre o governo e a oposição acerca do Orçamento de Estado.

Cansei-me de assistir a pornografia.

Da visão de filmagens de sets pornográficos políticos. E de outros aspectos da vida social. Até de ouvir a opinião do povo anónimo da rua, que os repórteres ávidos de negativismos teimam em captar e oferendar-nos, como se isso benefícios trouxesse a quem quer que seja. Bom, talvez apenas aos que se regozijam com altos shares de audiências televisivas das suas respectivas estações...

Por isso, creio ter descurado ir actualizando este blog. As minhas desculpas aos raros que poderão aqui seguir as minhas palavras vãs.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

• Portugal Tecnológico 2010


Fui no domingo passado visitar na FIL este certame.

O que lá vi foi o Portugal que faz. Que mete as mãos na massa e a massa cinzenta a afadigar-se a descobrir o novo. Que tem dinamismo e esperança num futuro comum a construir por nós próprios.

Não vi lá - e nem lá seria esperado - o Portugal caturrador que só se afadiga de resmungar que tudo está mal. Que este país com estes portugueses não vai p'rá frente. Não vi lá o Sr. Medina Carreira. Nem ninguém em plano inclinado descendente.

E queria deixar aqui uma pergunta para a geral: lembram-se de algum outro governo português anterior que tenha posto tanto a tónica no nosso desenvolvimento com a promoção do Portugal Tecnológico, essa realidade tão pouco sob as luzes da ribalta pública no passado?

domingo, 12 de setembro de 2010

• O Amor e a Política

Nestes dias que correm, aqui e agora só me apraz declarar isto: a política é algo tão baixo que só pessoas baixas também se ocupam exclusivamente desta. Tão diferente do que é o amor... 

Viva o Amor!

Vide este meu post recente noutro blog meu.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

• Plano Inclinado

Não sei se alguém já reparou mas existe há já largo tempo um programa de televisão na SIC Nutícias intitulado "Plano Inclinado".

Nele se exerce a má língua, numa vertente bem portuguesinha. Exercício jornalístico demasiado fácil.

É fundamental que exista um programa como este. É preciso escutar todas as vozes. Mesmo aquelas que o povo costuma dizer que suspeita que não cheguem ao céu. Mas mais urgente será haver outras vozes diversas destas, que não promovam apenas a natural tendência negativista da raça lusitana.

É preciso escutar vozes optimistas. Bem sei que será um exercício mais difícil, mas por isso mesmo, também um desafio a tomar preferencialmente por todos aqueles que se julguem homens com H grande.

Por aquilo que atrás fica expresso, sugiro à comunicação social, sobretudo às estações de televisão que têm um "Plano Inclinado" que inaugurem com urgência um novo programa ou rubrica que funcione como o antídoto social contra todo o veneno destilado e já disseminado no corpo da nossa sociedade hipocondriacamente doentia.

E já agora, que seja não só algo que incuta optimismo - em doses homeopáticas, porque o optimismo é medicina demasiado forte para o tuga típico - mas que ponha as questões que são fundamentais serem postas e que dê as respostas inteligentes.

Vamos a um exemplo, para as pessoas melhor poderem compreender. Se forem atentos, caros leitores, já terão reparado que quando o governo anuncia uma medida que, á larga maioria da sociedade portuguesa até pode parecer benéfica, - e falo aqui duma iniciativa governamental, mas podia referir também uma prposta de lei apresentada por um qualquer partido da oposição - a reacção pavloviana de todo e qualquer partido que ao governo não pertença é de imediato não mostrar qualquer sinal de aprovação implícita dessa medida e antes realçar qualquer aspecto menos positivo desta.

Ou seja, nunca recebemos comentários inteligentes e racionais mas apenas opiniões condicionadas por um perverso instinto animal político.

É necessário constituirem-se think tanks que dissequem as questões assim: "OK, esta medida X vai ser criada. Que benefícios comuns ela irá gerar? Poderemos nós, os visionários deste think tank, antever outros benefícios, para além dos já anunciados pelos promotores desta medida? Quais os custos que a obtenção desses benefícios exigirão? Valerão a pena? Poderemos minorizar esses custos de alguma forma?".

Tudo isto reflectido evitando ao máximo quaisquer condicionalismos.

Um último exemplo, este mesmo concreto e de uma iniciativa com a qual nem sequer concordo de princípio: o PSD fez uma proposta de revisão constitucional. Ouvi sobretudo criticar esta proposta pela inoportunidade temporal da aparição desta. Pouco escutei discutir sobre as alterações contidas na proposta.

Quem sabe, até podiam ser dignas de análise cuidada... Pedro Passos Coelho ainda me merece um crédito de benefício de dúvida em relação à sua valia de reformista. E nós, portugueses, precisamos de reformistas valorosos. Não os deviamos maltratar, como andamos a fazê-lo com José Sócrates.

Assim estamos como que a matar a galinha dos ovos de ouro.

sábado, 31 de julho de 2010

• Chega!...

Paulo Portas este último mês abusou da leviandade.

Será que o homem não tem nenhum conselheiro de jeito?...

Primeiro foi aquela coisa de dizer ao "Socras" que contigo não brinco. Afirmar que o país precisa de um governo com ideais mais abrangentes, de outras correntes de pensamento político para além do PS sózinho. De defender uma coligação de "salvação nacional" PS-PSD-PP. Mas sem o "Socras"!!! Que com ele não jogo ao berlinde. 

Mas será que Paulo Portas não julgou uma vez pelo menos que esta proposta só poderia ter um único efeito, o de o cobrir de ridículo? Isto é um país. Não é a associação de estudantes do ISCTE.

A seguir foi aquela laracha em que referiu que o optimismo de José Sócrates ainda o levaria a proclamar aos portugueses que Portugal ganhou o campeonato do mundo de futebol. Fez questão de cavalgar a onda de descontentamento do zé-povinho sobre a campanha da selecção nacional na África do Sul para tirar daí sórdidos dividendos.

Eu teria preferido que se deixasse de usar em debates políticos estas imagens alusivas ao desporto. Estas duas realidades não têm nada de se misturar entre si. Mas já que falaram nisto, eu acho que Portugal até ganhou o seu campeonato do mundo. Só perdeu para o campeão predestinado, a Espanha. E fez boas exibições, as possiveis ao alcance dos nossos seleccionados e responsáveis técnicos. Reafirmo: Portugal ganhou o "seu" campeonato, tal como o fizeram, por exemplo, outros como o Paraguai, o Uruguai, o Gana, os Estados Unidos, o Japão e a Holanda. Superaram concerteza as suas expectativas iniciais e sobretudo não deslustraram. Não fizeram feio como França, Itália e Inglaterra.

Mais adiante, ouvimos Paulo Portas jurar que José Sócrates está para a política social como a vuvuzela está para a música clássica. Outra vez questão de explorar o descontentamento popular, tipica e simultaneamente bacoco e tuga, em relação a novidades ou modernices estrangeiras. Eu creio piamente que quem embirra com vuvuzelas está a ficar velho. E do Restelo.

Mas para além disso, e essencialmente, o que interessa aqui é realçar que quem está agora a elevar a voz em defesa dos pobres reformados - coitados, deves estar mesmo muito preocupado com estes, Paulo... - que têm cada vez menos dinheiro para gastar é a mesma pessoa que gritava contra o Rendimento Social de Inserção, esss suposta perversão inventada pelos socialistas que só serve para sustentar calões. À razão de um pouco mais de 100 euricos por mês para famílias inteiras, acho difícil, mas enfim...

Assim sendo, vou inventar agora uma "boca" gira, tais como as que o Paulo tão bem produz: Paulo Portas está para a demagogia tal como a concertina está para a música pimba. Não há um sem o outro.

Por último, cada vez que há uma medida tomada pelo governo que agrade à maioria do povo português, Paulo Portas não pode deixar escapar a ocasião de referir que essa mesma medida carece de melhorias, tendo estas sido apenas visionadas pelo PP, pois que o partido do governo terá falta de visão.

A insensatez de impedir que o povo possa comprar grades de "mines" no Continente aos domigos à tardinha vai acabar. Portas quis lembrar que o relevante era obrigar as grandes superfícies a pagarem mais lestamente aos pequenos agricultores seus fornecedores. 

A realidade é que nem Portas estará assim tão a perder o seu soninho com as crises dos pequenos agricultores nem estes serão fornecedores directos das grandes superfícies mázinhas. Esse papel caberá a grandes cooperativas agrícolas ou aos grandes intermediários deste mercado de bens alimentares.

Ghega, Paulo! Eu estou-te a ver! Porta-te bem, Portas, qu'eu tou-te a ver!

Este aviso é válido e extensivo também às restantes figuras públicas constantes no top 50 do ranking nacional da demagogia militante.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

• Dirty jobs that someone has to do them

O eurodeputado Nuno Melo do CDS-PP é um personagem político que resolveu querer sair do anonimato que se cola à maior parte dos nossos representantes na Assembleia Nacional. E por aí vai muito bem. Já no que resta das suas iniciativas tem sobretudo o condão de me divertir.

Um dia achou que tinha de ser o mastim de serviço para morder as canelas do pobre do representante máximo do Banco de Portugal, o dr. Vitor Constâncio. Não sei se este último andou a dormir no remanso do seu gabinete enquanto os malandrins do BPN faziam as suas maroteiras. O que sei é que estes teriam arte e engenho suficientes, os tratantes, para as suas maroscas passarem inapercebidas a todos, concerteza.

Nuno Melo chagou a cabeça de Constâncio até dizer chega. Até não bater mais no ceguinho. E cuidou estar aí descoberta uma especialidade sua.

Outro dia, aparece ele nas pantalhas a associar-se à indignação das boas gentes de São Pedro da Cova, nobre terrinha perdida lá pró meio das "Beiças", porque esta localidade teria sido premiada há já largos anos com a honra de guardar no seu subsolo de minas extenuadas os resíduos perigosos resultantes de décadas de actividade da Siderurgia Nacional do Seixal. Ca g'anda porra!...

O pessoal lá da junta de freguesia local covense deve ter-lhe pedido para dar visibilidade ao seu protesto que se eternizava sem resultados satisfatórios. E o Nuno, cheio de vontade política de combater as injustiças cometidas contra os fracos sem voz, lá foi ele dar a cara.

Nobre gesto, pensei eu. É para isso mesmo que as parlamentares individualidades deviam servir. Sim senhor, grande Nuno, valeu...

Mas eis senão quando, julgava eu bem do rapaz, este borra a pintura toda quando nos informa disto, nas suas próprias palavras: "À data da resolução governamental de depositar aqui os resíduos, era Ministro do Ambiente o eng. José Sócrates. É um facto conhecido.".

"Prontos"! Já domei a tua cena, Nuno. E eu que acreditei por instantes em que estavas realmente preocupado com as maleitas que as pobres pessoas de São Pedro da Cova podem vir a padecer....

segunda-feira, 31 de maio de 2010

• Os pacotes de açúcar do café Nicola

Há dias em que a um homem apatece deixar tudo para trás e partir.

Hoje é o dia.
Operação Berlengas oficialmente iniciada.

Deixarei tudo para trás mas não olvidarei de reflectir sobre o curso do destino do nosso país e do mundo. E aqui a este blog voltarei daqui a uns dias para dar expressão ao que tiver dado fruto da meditação a que me entregarei. Haja esperança.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

• A nuvem de cinzas vulcano-política

Manuela Ferreira Leite quando ganhou as directas do PSD terminou o seu pomposo discurso de pose com uma afirmação que a marcou indelevelmente no meu futuro julgamento da sua performance política.

Gritou ela para a sua incendiada plateia de fiéis fanáticos laranjas: "E por último, não contem comigo para uma coisa: é para mentir. Porque para isso já cá temos o eng. Sócrates!".

Isto ficou-lhe tão mal...

Além da manifestação de um ressabiamento que não devia ser demonstrado publicamente porque desagradável, há aqui também um insulto fácil, logo indigno de ser usado por quem quer que seja, quanto mais uma figura que queria ser - argh!... até tenho enjoos só de lembar a hipótese - primeira ministra.

Como é do domínio público, outras erupções incandescentes de gaffes politicamente incorrectas se seguiram produzidas por esta senhora, para não desmentir a minha primordial intuição.

D'une autre façon, Pedro Passos Coelho, na sua primeira iniciativa pública importante oferece a sua disponibilidade e a do partido que representa ao primeiro ministro vigente - ainda e para mim, oxalá sempre, José Sócrates - para uma resposta concertada do governo e do principal partido da oposição à crise inventada pela especulação mundial para denegrir a imagem da economia portuguesa.

A memória das gentes será curta e a minha não foge à regra. Mas é que não me vem à ideia, por mais que puxe pelo bestunto, de uma atitude de um político do PSD tão elevada e responsável como esta. E acho que ninguém ainda está a dar o destaque merecido a este raríssimo acontecimento da vida da democracia.

Bela forma de marcar a diferença de estilo pessoal de liderança em relação aos seus antecessores, Mr. Lapin. O senhor descansou o meu espírito, para já. Espero que doravante só me surpreenda pela positiva outras vezes mais.

Olho pra o céu e apercebo-me de nuvens do tipo cirrus radiatus. Adeus nuvens negras. Saravá!

quarta-feira, 24 de março de 2010

• Política de verdade, verdadinha

Vale a pena adquirir a próxima revista Playboy do mês de Abril. Digo, a original dos States, certo? OK. Porque vamos ver nesta finalmente desvendada a verdade final sobre esse avassalador mito urbano - ou será rural?... bem, mas isso agora não interessa nada, como diria a dona Teresa Guilherme - do ovo e da galinha.

Afinal, quem é que veio primeiro, perguntamos todos nós desde o princípio da calendas, coçando os piolhos próprios num frenesim incontrolável.

Após escutas realizadas, sem quaisquer pudores de devassa de vidas privadas, eis que o povo vai ter a resposta a esta eterna inquietação colectiva. Ora vede a figura abaixo, reproduzida da prestigiada publicação acima citada...
Isto sim é que é serviço público! Obrigado, Playboy.

domingo, 14 de março de 2010

• E não se pode exterminá-lo?

Yasser Arafat foi um dia questionado por um jornalista da Newsweek sobre as eleições para o Knesset, parlamento da nação sua arqui-rival, Israel. Na altura a "corrida" era entre Menachem Begin e Shimon Peres (gosto deste último...).

O velho tratante do Yasser devia estar-se nas tintas p'ráquilo mas lá foi diplomático e deu a resposta que o jornalista pedia mas talvez não a que este esperava. Disse então preferir o sacana do Begin, esse velho reaças dum camandro.

Para satisfazer a consequente curiosidade do americano - estes gajos não percebem nada de nada do que se passa fora das fronteiras dos seus cinquenta e tal Estados Unidos, nem mesmo no vizinho Canadá... - o bonzinho do Yasser lá explicou: com o Begin ele já sabia com o que podia contar. Isto é, porrada. Chumbo do grosso. Diálogo, zero. Bola. Com o Shimon, era mais incerto. Mas as probabilidades maiores eram falinhas mansas pela frente, precedidas de umas belas facadinhas quando viramos as costas.

Cá p'ra mim não era apenas isso. Como o líder palestino não morria de amores pelos judeus, só podia desejar-lhes as maiores desgraças. Como a vitória dum partido de direita, para este depois lixar o povo de Israel e ser um entrave ao progresso do seu bem-estar social.

O mesmíssimo carinho que Arafat dedicava aos judeus, endosso eu aos gajos de direita. Já passei para lá da idade em que Churchill dizia que deviamos todos permanecer com generoso espírito prenhes de ideais de esquerda. Mas continuo a não conseguir virar.

Por causa desse meu carinho, penso também que, a terem de existir partidos de direita em Portugal, que seja o CDS-PP a predominar sobre o PSD. Ou que o PSD simplesmente desapareça do horizonte, tal como um dia o PRD se foi e não parece fazer mais falta alguma. Ou que venha a ser o novo partido do táxi. O que até era bem feita. A suprema vingança de Paulo Portas sobre o Cavaco. Que ele, ressentido, tanto hostilizou enquanto periodista.

Pena é que o Paulo "Mickey" Portas não tenha estaleca para essa façanha ilustre. Já se fosse a Zézinha, mulher às direitas mas que merece a minha admiração, outro galo - ou galinha, salvo seja - cantaria.

Mas voltando a focarmo-nos no essencial da mensagem...

Morra o PSD, morra. Pim.

É que, afinal, qual é a valia actual do PSD? Qual o seu património, de que os actuais candidatos a líder deste grupo singular enchem a boca? Sá Carneiro? Não teve tempo suficiente, infelizmente para ele, para demonstrar que poderia ser um bom Primeiro Ministro. Mas eu desconfio que o não seria. Cavaco Silva? OK, foi o recordista do tempo de permanência à frente de um executivo em democracia nesta terrinha. Mas foi bom? Teve a sorte de governar de início em tempos de vacas gordas. Mas no seu último mandato já tresandava a sofrível. E saiu pela porta pequena. E quanto a mim, não merece a deferência que o povo português - ingénua arraia miúda!... - lhe concedeu, quando resolveu voltar a entrar na arena política.

Como presidente, Cavaco leva um tipo como eu a equacionar entre a opção monárquica ou a emigração. É pleno de handicaps de tudo e mais alguma coisa. É muito "caseirinho", no sentido de nada mundano e assaz provinciano. O seu único asset é que o homem é poupadinho, logo não nos sai muito carote.

Se ele é um símbolo da nação, das duas uma: ou a nação é fraquinha ou é ele que é um mau símbolo. Ainda estou para decidir sobre este julgamento. Mas quero acreditar que a nação não é mesmo assim tão má...

Que mais nos deu o PSD? O grupo da sueca, que parece ter-se eclipsado, graças aos deuses. Dias Loureiro e Oliveira e Costa, com o seu BPN. Durão Barroso, excelente Ministro dos Negócios Estrangeiros, ou não tivesse sido maoísta enquanto jovem, mas menos bom Primeiro. Com o qual me congratulo com a sua saída para Bruxelas, mas não com o que ele deixou para trás a governar a casa. Falo, claro, do esforçado e abnegado mas terrivelmente deficitário Santana Lopes. Manuela Ferreira Leite, que não tem jeito nenhum para política, apenas para professora, segundo me constou, que eu nunca experenciei assistir a aulas suas.

O ódio que esta última senhora vota a José Sócrates é tão manifesto que as leis do Karma transformam na total ausência de desejo que eu e outros - espero que muitos - temos de que as coisas lhe corram bem na vida pública.

Por último, há um pinguim empertigado, nas palavras dos seus próprios correlegionários, o sr. Paulo Rangel, que isolada e cegamente anda convencido que ganha debates com o Sócrates na Assembleia. Ficou todo inchado, só porque ganhou umas eleições a que nós não ligamos pevide contra o Avô Cantigas... Irrita-me solenemente este senhor que assina por baixo. E só me fomenta ainda mais a má fama que os advogados têm na minha perturbada mente.

Mas claro que há bons valores também. Só que estes parecem não querer hoje sujar-se. Calculo eu bem porque será... São estes, por exemplo, Francisco Pinto Balsemão, Marcelo Rebelo de Sousa, Rui Machete... olha, só falta um para encher o táxi. Vou matutar um pouco a ver se o descubro.

domingo, 7 de março de 2010

• Era uma vez...

E agora uma história infantil, para os petizes e petizas que forem superdotados, pois só estes cidadãos de tenra idade e desta condição intelectual vão ler com atenção as seguintes palavras da lenga-lenga que a seguir se vai em baixo desmontar:


Lá para o meio do tempo de antena que lhe concederam generosamente, a senhora jornalista Manuela Moura Guedes, personagem plena de carisma que desperta universalmente simpatias mil dos demais de volta para si, contava aos deputados da nossa nação que lhe teriam dito...


(A senhora hesitou em continuar o seu inspirado relato, pois teria de envolver pessoas que não sabia se deveria nomear... mas vá lá, atirou-se de cabeça e continuou a sua alucinação.)


...que lhe teriam dito que o sr. Francisco Pinto Balsemão teria dito a um intermediário... sim, que o dr. Pinto Balsemão é um cavalheiro, nas palavras da própria sra. jornalista, e este nunca lhe iria dizer isto directamente a ela, fazia falta meter aqui o tal intermediário. O tal que lhe teria relatado que José Sócrates teria telefonado ao Rei de Espanha, Don Juan Carlos, a pedir-lhe o frete de falar com o director da Prisa, empresa espanhola de media, detentora da TVI, para este último depois falar com o director desta dita TVI para este afastar a sra. jornalista da sua função de apresentadora do Jornal de Sexta desta estação de televisão, modelo exemplar de informação. Era mais ou menos isto...


Quer-se dizer... a ver se eu percebo. Hum... querem mesmo que eu acredite nesta historinha? Oh dona Manuela, agora é que é caso para se gritar:


"¿Porqué no te callas?..."

terça-feira, 2 de março de 2010

• Eu avisei...

Eu já tinha prevenido aqui neste blog que a Cidadania Rasca também se ia mexer, depois de Fernando Nobre ter anunciado a intenção de se candidatar - e bem - à Presidência da República Portuguesa.

A consequência do acima exposto é a aparição de um novo blog, em baixo mostrado o seu banner.

E porquê um novo blog, perguntar-se-á? Porque pretendo manter este aqui com serviços mínimos de seriedade, enquanto que no novo vou ajavardar e esparvejar como se não houvesse amanhã.

Encaremos este novo blog também como um teste ao poder das redes sociais na internet...

domingo, 21 de fevereiro de 2010

• A liberdade de expressão

É só para dizer aos poderosos deste país e do mundo e aos meus correlegionários, os mais fracos da nossa sociedade, que eu continuo à espera dum ataque a este blog por parte da alegada - por alguns, poucos - censura que p'rái campeia, nos conturbados dias de hoje da centenária mas não caquética República Portuguesa.

Eu também quero um pouco de protagonismo. Não é só o sr. Mário Crespo que tem direito a isso, porra!...

Inovem, meus senhores! Censurar jornais é coisa de meninas. Tentem lá antes censurar a blogosfera, se o conseguirem! Isso é que seria uma façanha ilustre, digna de notícia de abertura de telejornais.

• Daaaaaah!... É a economia, meu povo.

A campanha eleitoral de Bill Clinton em 1992 teve o condão de eternizar esta curiosa expressão anglo-saxónica. Hoje, quase 30 anos depois, esta calha que nem ginjas no que me apraz dizer.

Um dia destes, estava sem nada para fazer, concerteza, porque me pus a visionar distraidamente um programa do canal SIC Notícias que, se não me engano, era o "Praça Pública". Ou algo do mesmo género. Sabem, não é, o tipo de programas que usualmente dão voz aos seus espectadores através de chamadas telefónicas para os estúdios em directo. E não é que escutei uma ideia inteligente, expressa por um destes espectadores, que invariavelmente são pessoas amarguradas com a vida, na situação de reformados e que só querem barafustar e dizer mal de todos os que estão no poleiro, para usar a sua própria terminologia?

Discutia-se o congelamento decretado pelo governo dos salários dos funcionários públicos. Toda a gente zurzia que eram sempre os do costume, os mais fracos, os únicos que tinham de apertar o cinto e que não era justo. Eis senão quando, contra a corrente do jogo, alguém, a quem tiro o chapéu, se o usasse, marca um daqueles golos lindos porque inesperados. Um espectador muito lúcido lembrou um importante ponto forte dos ditos mais fracos: estes, para além de produzirem riqueza, na forma de bens de consumo, são também os consumidores maioritários desses bens.

Nas suas palavras, lançava este cidadão ilustre a seguinte questão: o que pensarão os patrões dos grandes grupos económicos do ramo da distribuição, como a Sonae ou a Jerónimo Martins, sobre este congelamento de salários? É que o consumo com esta medida vai retrair-se. Vai haver menos lucro...

E o próprio governo não deveria reflectir também? É que o consumo a diminuir significa menos impostos arrecadados com o bendito IVA.

O PCP e os partidos à sua esquerda - ou talvez de esgelha - não fizeram a necessária evolução para além da velha K7 (cassette, para alguns) do "temos de nos insurgir contra as políticas de direita deste governo". Essa gritaria hoje é praticamente inócua.

Meu povo, temos que lembrar a todos esses grandes, os que detém os poderes político e económico, que eles também precisam do nosso "guito", que é poucochinho no bolso de cada um de nós, os fracos, mas que, falando em termos do conjunto dos consumidores da classe média-baixa (tu, meu povo, por outras palavras mais caras), pode ser muito significativo para esses poderosos. É melhor não fazerem muitas ondas, que um dia a malta chateia-se e deixa de consumir de todo. E depois eles têm de mandar o cobrador do fraque ir receber os cheques sem fundo das eternas caloteiras tias da Quinta da Marinha, se quiserem recuperar a viabilidade económica das suas empresas e as repartições de finanças de portas abertas e com algo para fazer.

É esta a nossa principal força hoje em dia, camaradas. Greves e manifs já não fazem tanta mossa assim.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

• Obrigado, Mário Crespo...

Quero aqui agradecer ao jornalista Mário Crespo o seu notável contributo para a estabilidade da nossa vida pública e regime democrático.

Mário Crespo não hesitou em sacrificar-se na praça pública em nome desses ideais maiores, criando uma polémica artificial - alimentada por calhandrices, como muito bem foi classificado este "happening" - em que se descredibiliza a si e à sua carreira no jornalismo em benefício, num sentido oposto e num princípio de vasos comunicantes, duma maior credibilização do nosso Primeiro Ministro Eng. José Sócrates, quando o seu mérito superior na governamentação se encontra sob linha de fogo por parte duma oposição que entrou em estado de desespero histérico.

Infelizmente, nem todos os líderes desta pobre oposição "compraram" este suposto presentinho envenenado... Estão, surpreendentemente, a ficar mais sagazes!... Quem diria...

É de homens destes e destes sacrificios que o nosso país mais necessita nestes tempos que alguns querem pintar de negro e puxar a auto-estima dos portugueses para baixo.

Obrigado, Mário Crespo. Quando estiveres no fundo do poço, não esqueceremos o teu abnegado gesto.

domingo, 31 de janeiro de 2010

• Os contabilistas

Daniel Bessa, ilustre economista português, figura pública a quem se deve merecida consideração - pelo menos eu assim julgo e julgarei - veio fazer a devida defesa da sua corporação numa coluna do semanário "Expresso", habitualmente no canto inferior direito da primeira página do caderno de Economia. Onde habitualmente Manuela Ferreira Leite também bota faladura, facto a não negligenciar.

Nessa coluna faz-se-nos a lembrança da valia dos ditos contabilistas, como travão dos ímpetos dos visionários deste mundo. Pequena valia, digo eu...

Porque os contabilistas parecem sempre gostar ou ter a obrigação de fazer contas, segundo as palavras do próprio Daniel Bessa, do que é preciso gastar numa dada iniciativa inovadora. O que é concreto, palpável. E não terem o mesmíssimo prazer ou sequer conforto em fazer as contas do que essa iniciativa inovadora pode proporcionar como benefícios. Que já não será concreto nem palpável, que será antes incerto. O desconhecido. E o contabilista típico tem medo do desconhecido.

Que contabilista teria alguma vez aprovado, se todo o poder para isso possuisse, que se gastasse o que se gastou na epopeia dos descobrimentos portugueses ou na conquista da Lua por parte da americana NASA? Ou falando em exemplos de obras públicas, o túnel do Canal da Mancha? Eu presumo que nenhum.

Esta jura eu aqui faço: eu jamais entregarei o poder pelo meu voto nas mãos de um contabilista.