terça-feira, 21 de agosto de 2012

• Capitalismo e Comunismo

Esta era a dualidade em que na segunda metade do século passado, após o último conflito mundial "quente", o mundo pareceu dividir-se.

Uma dualidade competitiva que impulsionou a corrida ao espaço dos seres humanos. Que os fez chegar à Lua.

Mas também uma bipolaridade ideológica que causou a proliferação de arsenais nucleares com o potencial para destruir a nossa Terra várias vezes de seguida.

Com Mikhail Gorbatchov e a sua perestroika esta clivagem da humanidade começou a esbater-se. Ao ponto de hoje o comunismo não ser mais do que uma curiosidade histórica.

O capitalismo tinha tudo para cantar vitória. 

Mas depois, sem uma força antagonista, como o era o comunismo, entrou num processo de destruição autofágico. Desenfreado.

O que faz como que eu me questione… 

Num estado, o governo é como uma mãe e nós, os cidadãos, semos os seus filhinhos. Toda a mãe que se preze é suposto cuidar da sua criação, certo?...

Nos regimes ditos capitalistas actuais, o governo é como uma jovem mãe toda moderna e junkie. Deixa os seus catraios andarem ao Deus-dará. Subnutridos e cheios de piolhos. Porque só tem olhos para essa cocaína que é a economia. A que está agarradíssima. Uma carocha de merda, esta desnaturada mãe!...

Nos antigos regimes comunistas, por outro lado, o governo era como que uma velha e esclerosada mãe-galinha. Super-protectora dos seus rebentozitos. Obstinadamente repressora de quaisquer desvios dos seus pintaínhos mais escuros. Um amor de mãe castrador, portanto.

A melhor mãe para todos nós deve estar, concerteza, aquela que se posicionar a meia distância destes dois casos que se extremaram com o tempo.

Será que ela existe?...