domingo, 25 de maio de 2014

• Votar p'ra quê???...

Tu que dizes que não vais votar… Viste no que deu da última vez em que decidiste também não votar? Alguém escolheu por ti. 

E os grandes defensores da troika dentro de portas tomaram as rédeas do poder. Como bem queriam. Tudo fizeram para que outras soluções do governo anterior para a crise que caiu de pára-quedas no nosso colo não fossem para a frente.

E forçados ou não, transformaram isto aqui que ainda era uma democracia, apesar de tudo, numa bancocracia.

Há quem ache que o desapontamento com a classe política actual gerará mais abstenção nas urnas. Eu tenho para mim que deveria era ser o contrário! Que o descontentamento com o rumo da política hoje apelasse a que mais alguns de nós viessem a usar a sua arma nestas eleições europeias contra aquilo que os afecta e prejudica.

Justamente nestas eleições é que temos de dizer à Europa que não estamos contentes com o tratamento a que nos sujeitaram. Obrigadinha, sim, queridos irmãos europeus… Vocês foram uns bacanos. :-(

Eu não sou visceralmente contra as pessoas que nos governam nestes dias de chumbo. Compreendo que na sua boa fé crêem que nos levam pelo melhor caminho. Só que eu não creio assim!…

E quero sobretudo que a nossa boa velha democracia volte e que a puta da bancocracia seja derrotada com estrondo. E de uma vez por todas.

Por isso fui votar today nestas eleições europeias. Não contra pessoas mas contra as boas intenções de que dizem o inferno está cheio. Quero que o Parlamento Europeu se encha de tribunos que defendam realmente e em primeiro lugar os povos que os elegem e não tanto os grandes banqueiros e especuladores internacionais.

Posso ser um cidadão rasca… Mas não brinco em serviço.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

• Clean up your own mess, gentlemen…

Dizem que a troika vai-se embora amanhã. Dizem!…

Dizem que Portugal vai poder obter o guito novamente naquilo a que chamam prái como os ditos mercados. Mercados que para mim, que nada percebo de economia e nem quero, são ainda umas entidades abstractas. E terroristas. Tal como a afamada Al-Qaeda. Que é mais uma coisa que os media, prestando um serviço a sabe-se lá quem, fizeram nascer na nossa imaginação colectiva. E lá se enraizou esse papão, sem que o possamos sentir como uma realidade que tenha uma face que reconheçamos.

Aprendemos nestes últimos tempos que essa porra dos mercados podem lixar a vida a povos e nações inteiras. Impunemente. E tudo para satisfazer a ganância de uns poucos (?...) grandes agiotas e especuladores internacionais.

Um personagem da cena política portuguesa, que eu não aprecio particularmente, disse um dia uma coisa muito sagaz. E de que eu até me admirei de vir daquela procedência…

Falo da Miss SWOP’s, como é carinhosamente denominada a nossa ministra das finanças. E o que esta distinta senhora disse foi que… De futuro deveriam ser criados mecanismos que blindassem o cidadão comum das consequências das trafulhices com que a alta finança mundial se andasse a entreter. Por outras palavras, se eles fizessem merda, eles que a limpassem todinha depois. E não os outros, todos nós, anónimos e pacatos cidadãos. A quem nos quiseram colar um sentimento de culpa de sermos caloteiros, madraços e de vivermos acima das nossas possibilidades.

Oxalá que sim! Oxalá que os nossos políticos portugueses e europeus voltem a pensar mais no povo que os elege e menos nos donos do dinheiro que lhes puxam os cordelinhos. Isto é, se os(as) meninos(as) tiverem tomates para tanto… O que me parece utópico.

Bom, ás vezes não é preciso só tomates. Requere-se que tenham também lampejos de uma rara inteligência, como a que Maria Luís Albuquerque - o nome real da figura atrás citada - teve. E uma consciência. Coisas que são ambas muito caras. Sem preço algum.