quarta-feira, 24 de março de 2010

• Política de verdade, verdadinha

Vale a pena adquirir a próxima revista Playboy do mês de Abril. Digo, a original dos States, certo? OK. Porque vamos ver nesta finalmente desvendada a verdade final sobre esse avassalador mito urbano - ou será rural?... bem, mas isso agora não interessa nada, como diria a dona Teresa Guilherme - do ovo e da galinha.

Afinal, quem é que veio primeiro, perguntamos todos nós desde o princípio da calendas, coçando os piolhos próprios num frenesim incontrolável.

Após escutas realizadas, sem quaisquer pudores de devassa de vidas privadas, eis que o povo vai ter a resposta a esta eterna inquietação colectiva. Ora vede a figura abaixo, reproduzida da prestigiada publicação acima citada...
Isto sim é que é serviço público! Obrigado, Playboy.

domingo, 14 de março de 2010

• E não se pode exterminá-lo?

Yasser Arafat foi um dia questionado por um jornalista da Newsweek sobre as eleições para o Knesset, parlamento da nação sua arqui-rival, Israel. Na altura a "corrida" era entre Menachem Begin e Shimon Peres (gosto deste último...).

O velho tratante do Yasser devia estar-se nas tintas p'ráquilo mas lá foi diplomático e deu a resposta que o jornalista pedia mas talvez não a que este esperava. Disse então preferir o sacana do Begin, esse velho reaças dum camandro.

Para satisfazer a consequente curiosidade do americano - estes gajos não percebem nada de nada do que se passa fora das fronteiras dos seus cinquenta e tal Estados Unidos, nem mesmo no vizinho Canadá... - o bonzinho do Yasser lá explicou: com o Begin ele já sabia com o que podia contar. Isto é, porrada. Chumbo do grosso. Diálogo, zero. Bola. Com o Shimon, era mais incerto. Mas as probabilidades maiores eram falinhas mansas pela frente, precedidas de umas belas facadinhas quando viramos as costas.

Cá p'ra mim não era apenas isso. Como o líder palestino não morria de amores pelos judeus, só podia desejar-lhes as maiores desgraças. Como a vitória dum partido de direita, para este depois lixar o povo de Israel e ser um entrave ao progresso do seu bem-estar social.

O mesmíssimo carinho que Arafat dedicava aos judeus, endosso eu aos gajos de direita. Já passei para lá da idade em que Churchill dizia que deviamos todos permanecer com generoso espírito prenhes de ideais de esquerda. Mas continuo a não conseguir virar.

Por causa desse meu carinho, penso também que, a terem de existir partidos de direita em Portugal, que seja o CDS-PP a predominar sobre o PSD. Ou que o PSD simplesmente desapareça do horizonte, tal como um dia o PRD se foi e não parece fazer mais falta alguma. Ou que venha a ser o novo partido do táxi. O que até era bem feita. A suprema vingança de Paulo Portas sobre o Cavaco. Que ele, ressentido, tanto hostilizou enquanto periodista.

Pena é que o Paulo "Mickey" Portas não tenha estaleca para essa façanha ilustre. Já se fosse a Zézinha, mulher às direitas mas que merece a minha admiração, outro galo - ou galinha, salvo seja - cantaria.

Mas voltando a focarmo-nos no essencial da mensagem...

Morra o PSD, morra. Pim.

É que, afinal, qual é a valia actual do PSD? Qual o seu património, de que os actuais candidatos a líder deste grupo singular enchem a boca? Sá Carneiro? Não teve tempo suficiente, infelizmente para ele, para demonstrar que poderia ser um bom Primeiro Ministro. Mas eu desconfio que o não seria. Cavaco Silva? OK, foi o recordista do tempo de permanência à frente de um executivo em democracia nesta terrinha. Mas foi bom? Teve a sorte de governar de início em tempos de vacas gordas. Mas no seu último mandato já tresandava a sofrível. E saiu pela porta pequena. E quanto a mim, não merece a deferência que o povo português - ingénua arraia miúda!... - lhe concedeu, quando resolveu voltar a entrar na arena política.

Como presidente, Cavaco leva um tipo como eu a equacionar entre a opção monárquica ou a emigração. É pleno de handicaps de tudo e mais alguma coisa. É muito "caseirinho", no sentido de nada mundano e assaz provinciano. O seu único asset é que o homem é poupadinho, logo não nos sai muito carote.

Se ele é um símbolo da nação, das duas uma: ou a nação é fraquinha ou é ele que é um mau símbolo. Ainda estou para decidir sobre este julgamento. Mas quero acreditar que a nação não é mesmo assim tão má...

Que mais nos deu o PSD? O grupo da sueca, que parece ter-se eclipsado, graças aos deuses. Dias Loureiro e Oliveira e Costa, com o seu BPN. Durão Barroso, excelente Ministro dos Negócios Estrangeiros, ou não tivesse sido maoísta enquanto jovem, mas menos bom Primeiro. Com o qual me congratulo com a sua saída para Bruxelas, mas não com o que ele deixou para trás a governar a casa. Falo, claro, do esforçado e abnegado mas terrivelmente deficitário Santana Lopes. Manuela Ferreira Leite, que não tem jeito nenhum para política, apenas para professora, segundo me constou, que eu nunca experenciei assistir a aulas suas.

O ódio que esta última senhora vota a José Sócrates é tão manifesto que as leis do Karma transformam na total ausência de desejo que eu e outros - espero que muitos - temos de que as coisas lhe corram bem na vida pública.

Por último, há um pinguim empertigado, nas palavras dos seus próprios correlegionários, o sr. Paulo Rangel, que isolada e cegamente anda convencido que ganha debates com o Sócrates na Assembleia. Ficou todo inchado, só porque ganhou umas eleições a que nós não ligamos pevide contra o Avô Cantigas... Irrita-me solenemente este senhor que assina por baixo. E só me fomenta ainda mais a má fama que os advogados têm na minha perturbada mente.

Mas claro que há bons valores também. Só que estes parecem não querer hoje sujar-se. Calculo eu bem porque será... São estes, por exemplo, Francisco Pinto Balsemão, Marcelo Rebelo de Sousa, Rui Machete... olha, só falta um para encher o táxi. Vou matutar um pouco a ver se o descubro.

domingo, 7 de março de 2010

• Era uma vez...

E agora uma história infantil, para os petizes e petizas que forem superdotados, pois só estes cidadãos de tenra idade e desta condição intelectual vão ler com atenção as seguintes palavras da lenga-lenga que a seguir se vai em baixo desmontar:


Lá para o meio do tempo de antena que lhe concederam generosamente, a senhora jornalista Manuela Moura Guedes, personagem plena de carisma que desperta universalmente simpatias mil dos demais de volta para si, contava aos deputados da nossa nação que lhe teriam dito...


(A senhora hesitou em continuar o seu inspirado relato, pois teria de envolver pessoas que não sabia se deveria nomear... mas vá lá, atirou-se de cabeça e continuou a sua alucinação.)


...que lhe teriam dito que o sr. Francisco Pinto Balsemão teria dito a um intermediário... sim, que o dr. Pinto Balsemão é um cavalheiro, nas palavras da própria sra. jornalista, e este nunca lhe iria dizer isto directamente a ela, fazia falta meter aqui o tal intermediário. O tal que lhe teria relatado que José Sócrates teria telefonado ao Rei de Espanha, Don Juan Carlos, a pedir-lhe o frete de falar com o director da Prisa, empresa espanhola de media, detentora da TVI, para este último depois falar com o director desta dita TVI para este afastar a sra. jornalista da sua função de apresentadora do Jornal de Sexta desta estação de televisão, modelo exemplar de informação. Era mais ou menos isto...


Quer-se dizer... a ver se eu percebo. Hum... querem mesmo que eu acredite nesta historinha? Oh dona Manuela, agora é que é caso para se gritar:


"¿Porqué no te callas?..."

terça-feira, 2 de março de 2010

• Eu avisei...

Eu já tinha prevenido aqui neste blog que a Cidadania Rasca também se ia mexer, depois de Fernando Nobre ter anunciado a intenção de se candidatar - e bem - à Presidência da República Portuguesa.

A consequência do acima exposto é a aparição de um novo blog, em baixo mostrado o seu banner.

E porquê um novo blog, perguntar-se-á? Porque pretendo manter este aqui com serviços mínimos de seriedade, enquanto que no novo vou ajavardar e esparvejar como se não houvesse amanhã.

Encaremos este novo blog também como um teste ao poder das redes sociais na internet...