domingo, 14 de março de 2010
• E não se pode exterminá-lo?
Yasser Arafat foi um dia questionado por um jornalista da Newsweek sobre as eleições para o Knesset, parlamento da nação sua arqui-rival, Israel. Na altura a "corrida" era entre Menachem Begin e Shimon Peres (gosto deste último...).
O velho tratante do Yasser devia estar-se nas tintas p'ráquilo mas lá foi diplomático e deu a resposta que o jornalista pedia mas talvez não a que este esperava. Disse então preferir o sacana do Begin, esse velho reaças dum camandro.
Para satisfazer a consequente curiosidade do americano - estes gajos não percebem nada de nada do que se passa fora das fronteiras dos seus cinquenta e tal Estados Unidos, nem mesmo no vizinho Canadá... - o bonzinho do Yasser lá explicou: com o Begin ele já sabia com o que podia contar. Isto é, porrada. Chumbo do grosso. Diálogo, zero. Bola. Com o Shimon, era mais incerto. Mas as probabilidades maiores eram falinhas mansas pela frente, precedidas de umas belas facadinhas quando viramos as costas.
Cá p'ra mim não era apenas isso. Como o líder palestino não morria de amores pelos judeus, só podia desejar-lhes as maiores desgraças. Como a vitória dum partido de direita, para este depois lixar o povo de Israel e ser um entrave ao progresso do seu bem-estar social.
O mesmíssimo carinho que Arafat dedicava aos judeus, endosso eu aos gajos de direita. Já passei para lá da idade em que Churchill dizia que deviamos todos permanecer com generoso espírito prenhes de ideais de esquerda. Mas continuo a não conseguir virar.
Por causa desse meu carinho, penso também que, a terem de existir partidos de direita em Portugal, que seja o CDS-PP a predominar sobre o PSD. Ou que o PSD simplesmente desapareça do horizonte, tal como um dia o PRD se foi e não parece fazer mais falta alguma. Ou que venha a ser o novo partido do táxi. O que até era bem feita. A suprema vingança de Paulo Portas sobre o Cavaco. Que ele, ressentido, tanto hostilizou enquanto periodista.
Pena é que o Paulo "Mickey" Portas não tenha estaleca para essa façanha ilustre. Já se fosse a Zézinha, mulher às direitas mas que merece a minha admiração, outro galo - ou galinha, salvo seja - cantaria.
Mas voltando a focarmo-nos no essencial da mensagem...
Morra o PSD, morra. Pim.
É que, afinal, qual é a valia actual do PSD? Qual o seu património, de que os actuais candidatos a líder deste grupo singular enchem a boca? Sá Carneiro? Não teve tempo suficiente, infelizmente para ele, para demonstrar que poderia ser um bom Primeiro Ministro. Mas eu desconfio que o não seria. Cavaco Silva? OK, foi o recordista do tempo de permanência à frente de um executivo em democracia nesta terrinha. Mas foi bom? Teve a sorte de governar de início em tempos de vacas gordas. Mas no seu último mandato já tresandava a sofrível. E saiu pela porta pequena. E quanto a mim, não merece a deferência que o povo português - ingénua arraia miúda!... - lhe concedeu, quando resolveu voltar a entrar na arena política.
Como presidente, Cavaco leva um tipo como eu a equacionar entre a opção monárquica ou a emigração. É pleno de handicaps de tudo e mais alguma coisa. É muito "caseirinho", no sentido de nada mundano e assaz provinciano. O seu único asset é que o homem é poupadinho, logo não nos sai muito carote.
Se ele é um símbolo da nação, das duas uma: ou a nação é fraquinha ou é ele que é um mau símbolo. Ainda estou para decidir sobre este julgamento. Mas quero acreditar que a nação não é mesmo assim tão má...
Que mais nos deu o PSD? O grupo da sueca, que parece ter-se eclipsado, graças aos deuses. Dias Loureiro e Oliveira e Costa, com o seu BPN. Durão Barroso, excelente Ministro dos Negócios Estrangeiros, ou não tivesse sido maoísta enquanto jovem, mas menos bom Primeiro. Com o qual me congratulo com a sua saída para Bruxelas, mas não com o que ele deixou para trás a governar a casa. Falo, claro, do esforçado e abnegado mas terrivelmente deficitário Santana Lopes. Manuela Ferreira Leite, que não tem jeito nenhum para política, apenas para professora, segundo me constou, que eu nunca experenciei assistir a aulas suas.
O ódio que esta última senhora vota a José Sócrates é tão manifesto que as leis do Karma transformam na total ausência de desejo que eu e outros - espero que muitos - temos de que as coisas lhe corram bem na vida pública.
Por último, há um pinguim empertigado, nas palavras dos seus próprios correlegionários, o sr. Paulo Rangel, que isolada e cegamente anda convencido que ganha debates com o Sócrates na Assembleia. Ficou todo inchado, só porque ganhou umas eleições a que nós não ligamos pevide contra o Avô Cantigas... Irrita-me solenemente este senhor que assina por baixo. E só me fomenta ainda mais a má fama que os advogados têm na minha perturbada mente.
Mas claro que há bons valores também. Só que estes parecem não querer hoje sujar-se. Calculo eu bem porque será... São estes, por exemplo, Francisco Pinto Balsemão, Marcelo Rebelo de Sousa, Rui Machete... olha, só falta um para encher o táxi. Vou matutar um pouco a ver se o descubro.
O velho tratante do Yasser devia estar-se nas tintas p'ráquilo mas lá foi diplomático e deu a resposta que o jornalista pedia mas talvez não a que este esperava. Disse então preferir o sacana do Begin, esse velho reaças dum camandro.
Para satisfazer a consequente curiosidade do americano - estes gajos não percebem nada de nada do que se passa fora das fronteiras dos seus cinquenta e tal Estados Unidos, nem mesmo no vizinho Canadá... - o bonzinho do Yasser lá explicou: com o Begin ele já sabia com o que podia contar. Isto é, porrada. Chumbo do grosso. Diálogo, zero. Bola. Com o Shimon, era mais incerto. Mas as probabilidades maiores eram falinhas mansas pela frente, precedidas de umas belas facadinhas quando viramos as costas.
Cá p'ra mim não era apenas isso. Como o líder palestino não morria de amores pelos judeus, só podia desejar-lhes as maiores desgraças. Como a vitória dum partido de direita, para este depois lixar o povo de Israel e ser um entrave ao progresso do seu bem-estar social.
O mesmíssimo carinho que Arafat dedicava aos judeus, endosso eu aos gajos de direita. Já passei para lá da idade em que Churchill dizia que deviamos todos permanecer com generoso espírito prenhes de ideais de esquerda. Mas continuo a não conseguir virar.
Por causa desse meu carinho, penso também que, a terem de existir partidos de direita em Portugal, que seja o CDS-PP a predominar sobre o PSD. Ou que o PSD simplesmente desapareça do horizonte, tal como um dia o PRD se foi e não parece fazer mais falta alguma. Ou que venha a ser o novo partido do táxi. O que até era bem feita. A suprema vingança de Paulo Portas sobre o Cavaco. Que ele, ressentido, tanto hostilizou enquanto periodista.
Pena é que o Paulo "Mickey" Portas não tenha estaleca para essa façanha ilustre. Já se fosse a Zézinha, mulher às direitas mas que merece a minha admiração, outro galo - ou galinha, salvo seja - cantaria.
Mas voltando a focarmo-nos no essencial da mensagem...
Morra o PSD, morra. Pim.
É que, afinal, qual é a valia actual do PSD? Qual o seu património, de que os actuais candidatos a líder deste grupo singular enchem a boca? Sá Carneiro? Não teve tempo suficiente, infelizmente para ele, para demonstrar que poderia ser um bom Primeiro Ministro. Mas eu desconfio que o não seria. Cavaco Silva? OK, foi o recordista do tempo de permanência à frente de um executivo em democracia nesta terrinha. Mas foi bom? Teve a sorte de governar de início em tempos de vacas gordas. Mas no seu último mandato já tresandava a sofrível. E saiu pela porta pequena. E quanto a mim, não merece a deferência que o povo português - ingénua arraia miúda!... - lhe concedeu, quando resolveu voltar a entrar na arena política.
Como presidente, Cavaco leva um tipo como eu a equacionar entre a opção monárquica ou a emigração. É pleno de handicaps de tudo e mais alguma coisa. É muito "caseirinho", no sentido de nada mundano e assaz provinciano. O seu único asset é que o homem é poupadinho, logo não nos sai muito carote.
Se ele é um símbolo da nação, das duas uma: ou a nação é fraquinha ou é ele que é um mau símbolo. Ainda estou para decidir sobre este julgamento. Mas quero acreditar que a nação não é mesmo assim tão má...
Que mais nos deu o PSD? O grupo da sueca, que parece ter-se eclipsado, graças aos deuses. Dias Loureiro e Oliveira e Costa, com o seu BPN. Durão Barroso, excelente Ministro dos Negócios Estrangeiros, ou não tivesse sido maoísta enquanto jovem, mas menos bom Primeiro. Com o qual me congratulo com a sua saída para Bruxelas, mas não com o que ele deixou para trás a governar a casa. Falo, claro, do esforçado e abnegado mas terrivelmente deficitário Santana Lopes. Manuela Ferreira Leite, que não tem jeito nenhum para política, apenas para professora, segundo me constou, que eu nunca experenciei assistir a aulas suas.
O ódio que esta última senhora vota a José Sócrates é tão manifesto que as leis do Karma transformam na total ausência de desejo que eu e outros - espero que muitos - temos de que as coisas lhe corram bem na vida pública.
Por último, há um pinguim empertigado, nas palavras dos seus próprios correlegionários, o sr. Paulo Rangel, que isolada e cegamente anda convencido que ganha debates com o Sócrates na Assembleia. Ficou todo inchado, só porque ganhou umas eleições a que nós não ligamos pevide contra o Avô Cantigas... Irrita-me solenemente este senhor que assina por baixo. E só me fomenta ainda mais a má fama que os advogados têm na minha perturbada mente.
Mas claro que há bons valores também. Só que estes parecem não querer hoje sujar-se. Calculo eu bem porque será... São estes, por exemplo, Francisco Pinto Balsemão, Marcelo Rebelo de Sousa, Rui Machete... olha, só falta um para encher o táxi. Vou matutar um pouco a ver se o descubro.
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