quarta-feira, 30 de junho de 2010
• Dirty jobs that someone has to do them
O eurodeputado Nuno Melo do CDS-PP é um personagem político que resolveu querer sair do anonimato que se cola à maior parte dos nossos representantes na Assembleia Nacional. E por aí vai muito bem. Já no que resta das suas iniciativas tem sobretudo o condão de me divertir.
Um dia achou que tinha de ser o mastim de serviço para morder as canelas do pobre do representante máximo do Banco de Portugal, o dr. Vitor Constâncio. Não sei se este último andou a dormir no remanso do seu gabinete enquanto os malandrins do BPN faziam as suas maroteiras. O que sei é que estes teriam arte e engenho suficientes, os tratantes, para as suas maroscas passarem inapercebidas a todos, concerteza.
Nuno Melo chagou a cabeça de Constâncio até dizer chega. Até não bater mais no ceguinho. E cuidou estar aí descoberta uma especialidade sua.
Outro dia, aparece ele nas pantalhas a associar-se à indignação das boas gentes de São Pedro da Cova, nobre terrinha perdida lá pró meio das "Beiças", porque esta localidade teria sido premiada há já largos anos com a honra de guardar no seu subsolo de minas extenuadas os resíduos perigosos resultantes de décadas de actividade da Siderurgia Nacional do Seixal. Ca g'anda porra!...
O pessoal lá da junta de freguesia local covense deve ter-lhe pedido para dar visibilidade ao seu protesto que se eternizava sem resultados satisfatórios. E o Nuno, cheio de vontade política de combater as injustiças cometidas contra os fracos sem voz, lá foi ele dar a cara.
Nobre gesto, pensei eu. É para isso mesmo que as parlamentares individualidades deviam servir. Sim senhor, grande Nuno, valeu...
Mas eis senão quando, julgava eu bem do rapaz, este borra a pintura toda quando nos informa disto, nas suas próprias palavras: "À data da resolução governamental de depositar aqui os resíduos, era Ministro do Ambiente o eng. José Sócrates. É um facto conhecido.".
"Prontos"! Já domei a tua cena, Nuno. E eu que acreditei por instantes em que estavas realmente preocupado com as maleitas que as pobres pessoas de São Pedro da Cova podem vir a padecer....
Um dia achou que tinha de ser o mastim de serviço para morder as canelas do pobre do representante máximo do Banco de Portugal, o dr. Vitor Constâncio. Não sei se este último andou a dormir no remanso do seu gabinete enquanto os malandrins do BPN faziam as suas maroteiras. O que sei é que estes teriam arte e engenho suficientes, os tratantes, para as suas maroscas passarem inapercebidas a todos, concerteza.
Nuno Melo chagou a cabeça de Constâncio até dizer chega. Até não bater mais no ceguinho. E cuidou estar aí descoberta uma especialidade sua.
Outro dia, aparece ele nas pantalhas a associar-se à indignação das boas gentes de São Pedro da Cova, nobre terrinha perdida lá pró meio das "Beiças", porque esta localidade teria sido premiada há já largos anos com a honra de guardar no seu subsolo de minas extenuadas os resíduos perigosos resultantes de décadas de actividade da Siderurgia Nacional do Seixal. Ca g'anda porra!...
O pessoal lá da junta de freguesia local covense deve ter-lhe pedido para dar visibilidade ao seu protesto que se eternizava sem resultados satisfatórios. E o Nuno, cheio de vontade política de combater as injustiças cometidas contra os fracos sem voz, lá foi ele dar a cara.
Nobre gesto, pensei eu. É para isso mesmo que as parlamentares individualidades deviam servir. Sim senhor, grande Nuno, valeu...
Mas eis senão quando, julgava eu bem do rapaz, este borra a pintura toda quando nos informa disto, nas suas próprias palavras: "À data da resolução governamental de depositar aqui os resíduos, era Ministro do Ambiente o eng. José Sócrates. É um facto conhecido.".
"Prontos"! Já domei a tua cena, Nuno. E eu que acreditei por instantes em que estavas realmente preocupado com as maleitas que as pobres pessoas de São Pedro da Cova podem vir a padecer....
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