sexta-feira, 20 de novembro de 2015
• Tudo rasca!…
No dia seguinte às últimas eleições para o parlamento português bazei daqui desta Lisboa p’ra bem longe.
Dia 5 de Outubro passado, enquanto na capital um presidente rasca se escusava a comemorar o Dia da Implantação da República, cá o rapaz tratava de chegar a Lahti, depois de aterrar em Vantaa. Tudo lugarejos em território dessa longínqua e fria Finlândia. Como já me lembrei de contar neste blog o mês passado.
P’ra lá fui - ou fugi do que parece que adivinhava esta choldra se ia tornar - sobretudo porque um cidadão rasca como eu também se pode apaixonar. E como pode, senhores…
Não me pirei por causa do resultado destas eleições. Não. Já o tinha decidido muito antes. O anterior governo rasca andou a lixar-nos tanto a vida a todos, que nem que a esquerda toda tivesse uma maioria parlamentar de mais de 90% dos deputados e que o Livre/Tempo de Avançar e outros pequenos partidos tivessem ganho assento na Assembleia da República, como me faria gosto, eu ficaria mais tempo no jardim à beira-mar plantado.
Fui procurar a minha sorte lá fora, nesse país onde o meu amor de todos os tempos e todas as vidas passadas habita por acaso. Digo por acaso porque ela não é natural da Finlândia.
Essa sorte na vida é procurada também por muitos pobres coitados, os tão falados refugiados que demandaram este último estio em grande número esses ilusórios paraísos com os melhores sistemas de segurança social deste mundo. A Alemanha e os países nórdicos.
E eu fui crendo que os podia ajudar nessa Finlândia em que se encontravam encruzilhados e acolhidos em alguns centros de refugiados, improvisados pela Punaisen Ristin, a mui nobre Cruz Vermelha finlandesa.
E que podia trabalhar para esta meritória instituição, fazendo a ponte entre os seus funcionários finlandeses - pensava eu provavelmente pouco habituados a estes assados - e os grupos de refugiados das mais diversas origens mas maioritariamente sírios e iraquianos.
A paixão cegou-me um pouco e tornou-me naif. Falar inglês com uma boa fluência e ter (presumidamente) umas melhores aptidões de sociabilização com povos forasteiros não é significativo na Finlândia para se arranjar um emprego, mesmo temporário. Sem falar finlandês estamos fritos.
De modos que sou um cidadão rasca em Portugal e mais rasca ainda em Suomi/Finland. Não presto para nada aqui e menos ainda lá.
Num mês e pouco que esta aventura durou, andei a estourar o acesso que ainda tenho a ter dinheiro no bolso com o meu cartanito de crédito, a torto e a direito. Um dia ainda vou descer tão baixo na rasquice que passarei a ver o sol aos quadradinhos. Às tantas…
Mas, como se diz agora, safoda!!!.. Curti como se não houvesse amanhã. Como se pode observar nesta caríssima foto acima, em que revelo o meu rosto sacana num dos meus blogs.
E sobretudo ou ainda por cima tive a ocasião sublime de apreender tão bem na minha pele o que pode ser a união perfeita entre um homem e uma mulher.
Que mais pode desejar este cidadão rasca, auto-recambiado para este pântano após ter estado no céu?…
Agora, olhem, vou tratar de… Desenrascar-me.
Alguém me quer dar uma mãozinha, já agora, que eu entretenho-vos com as minhas histórias? Saibam que tenho muito que contar, mais do que muita gente sempre alinhadinha, que leva a vida sempre certinha e direitinha…
A minha existência errante e errática dava um belo dum best-seller, penso eu de que.
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