domingo, 21 de fevereiro de 2010
• A liberdade de expressão
É só para dizer aos poderosos deste país e do mundo e aos meus correlegionários, os mais fracos da nossa sociedade, que eu continuo à espera dum ataque a este blog por parte da alegada - por alguns, poucos - censura que p'rái campeia, nos conturbados dias de hoje da centenária mas não caquética República Portuguesa.
Eu também quero um pouco de protagonismo. Não é só o sr. Mário Crespo que tem direito a isso, porra!...
Inovem, meus senhores! Censurar jornais é coisa de meninas. Tentem lá antes censurar a blogosfera, se o conseguirem! Isso é que seria uma façanha ilustre, digna de notícia de abertura de telejornais.
Eu também quero um pouco de protagonismo. Não é só o sr. Mário Crespo que tem direito a isso, porra!...
Inovem, meus senhores! Censurar jornais é coisa de meninas. Tentem lá antes censurar a blogosfera, se o conseguirem! Isso é que seria uma façanha ilustre, digna de notícia de abertura de telejornais.
• Daaaaaah!... É a economia, meu povo.
A campanha eleitoral de Bill Clinton em 1992 teve o condão de eternizar esta curiosa expressão anglo-saxónica. Hoje, quase 30 anos depois, esta calha que nem ginjas no que me apraz dizer.
Um dia destes, estava sem nada para fazer, concerteza, porque me pus a visionar distraidamente um programa do canal SIC Notícias que, se não me engano, era o "Praça Pública". Ou algo do mesmo género. Sabem, não é, o tipo de programas que usualmente dão voz aos seus espectadores através de chamadas telefónicas para os estúdios em directo. E não é que escutei uma ideia inteligente, expressa por um destes espectadores, que invariavelmente são pessoas amarguradas com a vida, na situação de reformados e que só querem barafustar e dizer mal de todos os que estão no poleiro, para usar a sua própria terminologia?
Discutia-se o congelamento decretado pelo governo dos salários dos funcionários públicos. Toda a gente zurzia que eram sempre os do costume, os mais fracos, os únicos que tinham de apertar o cinto e que não era justo. Eis senão quando, contra a corrente do jogo, alguém, a quem tiro o chapéu, se o usasse, marca um daqueles golos lindos porque inesperados. Um espectador muito lúcido lembrou um importante ponto forte dos ditos mais fracos: estes, para além de produzirem riqueza, na forma de bens de consumo, são também os consumidores maioritários desses bens.
Nas suas palavras, lançava este cidadão ilustre a seguinte questão: o que pensarão os patrões dos grandes grupos económicos do ramo da distribuição, como a Sonae ou a Jerónimo Martins, sobre este congelamento de salários? É que o consumo com esta medida vai retrair-se. Vai haver menos lucro...
E o próprio governo não deveria reflectir também? É que o consumo a diminuir significa menos impostos arrecadados com o bendito IVA.
O PCP e os partidos à sua esquerda - ou talvez de esgelha - não fizeram a necessária evolução para além da velha K7 (cassette, para alguns) do "temos de nos insurgir contra as políticas de direita deste governo". Essa gritaria hoje é praticamente inócua.
Meu povo, temos que lembrar a todos esses grandes, os que detém os poderes político e económico, que eles também precisam do nosso "guito", que é poucochinho no bolso de cada um de nós, os fracos, mas que, falando em termos do conjunto dos consumidores da classe média-baixa (tu, meu povo, por outras palavras mais caras), pode ser muito significativo para esses poderosos. É melhor não fazerem muitas ondas, que um dia a malta chateia-se e deixa de consumir de todo. E depois eles têm de mandar o cobrador do fraque ir receber os cheques sem fundo das eternas caloteiras tias da Quinta da Marinha, se quiserem recuperar a viabilidade económica das suas empresas e as repartições de finanças de portas abertas e com algo para fazer.
É esta a nossa principal força hoje em dia, camaradas. Greves e manifs já não fazem tanta mossa assim.
Um dia destes, estava sem nada para fazer, concerteza, porque me pus a visionar distraidamente um programa do canal SIC Notícias que, se não me engano, era o "Praça Pública". Ou algo do mesmo género. Sabem, não é, o tipo de programas que usualmente dão voz aos seus espectadores através de chamadas telefónicas para os estúdios em directo. E não é que escutei uma ideia inteligente, expressa por um destes espectadores, que invariavelmente são pessoas amarguradas com a vida, na situação de reformados e que só querem barafustar e dizer mal de todos os que estão no poleiro, para usar a sua própria terminologia?
Discutia-se o congelamento decretado pelo governo dos salários dos funcionários públicos. Toda a gente zurzia que eram sempre os do costume, os mais fracos, os únicos que tinham de apertar o cinto e que não era justo. Eis senão quando, contra a corrente do jogo, alguém, a quem tiro o chapéu, se o usasse, marca um daqueles golos lindos porque inesperados. Um espectador muito lúcido lembrou um importante ponto forte dos ditos mais fracos: estes, para além de produzirem riqueza, na forma de bens de consumo, são também os consumidores maioritários desses bens.
Nas suas palavras, lançava este cidadão ilustre a seguinte questão: o que pensarão os patrões dos grandes grupos económicos do ramo da distribuição, como a Sonae ou a Jerónimo Martins, sobre este congelamento de salários? É que o consumo com esta medida vai retrair-se. Vai haver menos lucro...
E o próprio governo não deveria reflectir também? É que o consumo a diminuir significa menos impostos arrecadados com o bendito IVA.
O PCP e os partidos à sua esquerda - ou talvez de esgelha - não fizeram a necessária evolução para além da velha K7 (cassette, para alguns) do "temos de nos insurgir contra as políticas de direita deste governo". Essa gritaria hoje é praticamente inócua.
Meu povo, temos que lembrar a todos esses grandes, os que detém os poderes político e económico, que eles também precisam do nosso "guito", que é poucochinho no bolso de cada um de nós, os fracos, mas que, falando em termos do conjunto dos consumidores da classe média-baixa (tu, meu povo, por outras palavras mais caras), pode ser muito significativo para esses poderosos. É melhor não fazerem muitas ondas, que um dia a malta chateia-se e deixa de consumir de todo. E depois eles têm de mandar o cobrador do fraque ir receber os cheques sem fundo das eternas caloteiras tias da Quinta da Marinha, se quiserem recuperar a viabilidade económica das suas empresas e as repartições de finanças de portas abertas e com algo para fazer.
É esta a nossa principal força hoje em dia, camaradas. Greves e manifs já não fazem tanta mossa assim.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
• Obrigado, Mário Crespo...
Quero aqui agradecer ao jornalista Mário Crespo o seu notável contributo para a estabilidade da nossa vida pública e regime democrático.
Mário Crespo não hesitou em sacrificar-se na praça pública em nome desses ideais maiores, criando uma polémica artificial - alimentada por calhandrices, como muito bem foi classificado este "happening" - em que se descredibiliza a si e à sua carreira no jornalismo em benefício, num sentido oposto e num princípio de vasos comunicantes, duma maior credibilização do nosso Primeiro Ministro Eng. José Sócrates, quando o seu mérito superior na governamentação se encontra sob linha de fogo por parte duma oposição que entrou em estado de desespero histérico.
Infelizmente, nem todos os líderes desta pobre oposição "compraram" este suposto presentinho envenenado... Estão, surpreendentemente, a ficar mais sagazes!... Quem diria...
É de homens destes e destes sacrificios que o nosso país mais necessita nestes tempos que alguns querem pintar de negro e puxar a auto-estima dos portugueses para baixo.
Obrigado, Mário Crespo. Quando estiveres no fundo do poço, não esqueceremos o teu abnegado gesto.
Mário Crespo não hesitou em sacrificar-se na praça pública em nome desses ideais maiores, criando uma polémica artificial - alimentada por calhandrices, como muito bem foi classificado este "happening" - em que se descredibiliza a si e à sua carreira no jornalismo em benefício, num sentido oposto e num princípio de vasos comunicantes, duma maior credibilização do nosso Primeiro Ministro Eng. José Sócrates, quando o seu mérito superior na governamentação se encontra sob linha de fogo por parte duma oposição que entrou em estado de desespero histérico.
Infelizmente, nem todos os líderes desta pobre oposição "compraram" este suposto presentinho envenenado... Estão, surpreendentemente, a ficar mais sagazes!... Quem diria...
É de homens destes e destes sacrificios que o nosso país mais necessita nestes tempos que alguns querem pintar de negro e puxar a auto-estima dos portugueses para baixo.
Obrigado, Mário Crespo. Quando estiveres no fundo do poço, não esqueceremos o teu abnegado gesto.
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