Eis então um excelente mote para a reflexão do dia: o dia de reflexão for dummies.
Eu creio que o dia de reflexão que se instituiu antes de todo o acto eleitoral serve para já pelo menos para depois de ouvir todos os pantomineiros e seus fanáticos acólitos que vieram fazer arruadas aqui no beco onde eu moro...
Agora falando sério… Podemos todos concordar que campanhas eleitorais não podem ir até à hora da abertura das urnas, certo?…
Então talvez pudéssemos considerar antes dessa abertura um quarto de hora de reflexão. Em vez de 24 horas. Para quê esse desperdício de tempo, que é dinheiro, dizem alguns. Mas depois…
Se calhar isso não seria prático. Seria difícil travar os ímpetos dos que estivessem activos nessas campanhas em apenas quinze minutos. E levá-los a cumprir a lei pelas autoridades, então seria um pesadelo para estas últimas.
Mas será que é preciso tanto tempo, como as tais 24 horas?… Eu reflecti e julgo que sim.
Um dia inteiro até nem é muito para esfriar a cabeça, depois de duas semanas de indecorosa e pornográfica demagogia.
Até mesmo os políticos, apesar de tudo e deles mesmos, acharam que haveria esta necessidade de dar um tempo à relação entre nós e eles.
Este intervalo de descanso é tão necessário para nós todos como para eles. E vejamos porquê…
Depois, na noite das eleições têm de parecer finos para ir a conferências de imprensa nos hotéis Altis desta vida.
Ora, entre as feiras e o Altis, há que ter um bom banho de imersão, para tirar todo o sarro acumulado. E um dia inteiro para essa higiene pessoal não me parece assim nada de mais.
E pronto. Aí está a suprema justificação para a premência desse dia de reflexão.
Agora, gentes, não me venham nunca mais com dúvidas sobre a existência deste dia, fáxavôr... E também é escusado me agradecer por ter vertido sobre vós a minha expertise e sapiência.
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