Bell’s palsy. Ou em tugalandês,
paralisia de Bell. Ou ainda
paralisia facial idiopática. Da qual estou a ser acometido pela segunda vez. A primeira foi há cerca de ano e meio, descrita
aqui.
Desta feita poupei uns cobres ao SNS, Serviço Nacional de Saúde, e não fui entupir ainda mais uma urgência de qualquer hospital público, neste pico da costumeira gripe invernal.
Automediquei-me. Afinal, já vivi esta situação e comprovei que o antídoto prescrito resultou. De modo que era só repetir.
Desta forma queimei etapas. Não quis passar de novo horas numa cadeira de rodas desnecessariamente. Nem quis ter o meu corpo sagrado espetado por agulhas para me sugarem amostras de sangue. Nem fazer uma TAC, Tomografia Axial Computorizada.
Este incidente está a causar que 2020 comece de um modo rasca para mim. Com uma travagem às quatro rodas. Um inconveniente de carácter físiológico, a roçar também o psíquico, mas que me presenteia com um bem muito precioso: tempo.
Tempo que estou a usar para reflectir. A começar devagar e preguiçosamente a reflectir sobre o que eu quero fazer com o meu tempo doravante.
E a conclusão a que me sinto mais tentado a chegar é… Nada.
Se eu tiver o poder de não fazer nada com o meu tempo, é isso mesmo que me apetece fazer. Nada.
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