sexta-feira, 24 de março de 2017
• O essencial
Isto é notório nas suas acções e palavras. Enquanto uns grandes se descuidam a dizer merdas, outros, pequenos, acreditam que têm por missão fazer merda.
Outros há ainda, a esmagadora maioria, que só querem tratar das suas vidinhas. E se alguma merda - leia-se contratempo - desvia estas formigas do seu carreiro alguns metros ou segundos daquilo que lhes é habitual, em vez de olharem o lado positivo - um súbito intervalo nas suas chatas rotinas - só se queixam de consequências menores do incidente entretanto ocorrido.
Os seres humanos estão a perder a capacidade de ver com o coração. Estão a esquecer de amar.
E não é só de se amarem uns aos outros. É de amarem também as pedras no caminho, essas sementes de castelos.
Sinto-me hoje a divergir tanto e cada vez mais da raça humana, em cujo seio nasci. E se eu também estou a deixar de amá-la, queria ao menos ainda encontrar algum elemento como eu a quem amar. Para não ter só amor próprio.
Eu já amei a alguém. Julgo que ainda amo a esse alguém. Mas hoje amo sozinho. O meu bem-querer deixou de ser essencial, como já foi. E é preciso viver e deixar viver.
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