segunda-feira, 25 de maio de 2020

• Criatividade em tempo de pandemia

A Burger King poderia ser uma das minhas lovemarks, se não fosse eu já curtir a marca portuguesa H3.

Eu tanto consumo BK como a sua mais directa concorrente. Mas talvez prefira na maior parte das ocasiões saciar a fomeca na primeira destas duas yankee fast food big references.

O que se justificará pela sua criatividade demonstrada nesta época aziaga e em alguns países europeus.

A campanha publicitária da BK Itália é algo simplesmente sem palavras!…

Na Alemanha aquelas costumeiras coroas reais de cartolina oferecidas à disposição de todos nos restaurantes Burger King ganharam umas abas enormes, à laia de sombreros mariachis, que se revelam uma ajuda preciosa para melhor gerir este maldito mas tão necessário distanciamento social.


Em França, na Avenue des Champs Élysées em Paris - onde eu comi o meu primeiro Big Mac, muito antes de tal façanha ilustre vir a ser possível em Portugal - a BK e o McDo estão mesmo lado a lado.

Os criativos da conta da Burger King francesa acharam por bem mesmo enquanto todos os restaurantes tinham de estar fechados - por força do decretar o estado de calamidade ou de emergência, não sei bem qual, lá no Héxagone - não deixarem de querer comunicar com o seu target, ambicionando ao mesmo tempo cativar o target da sua concorrência da marca com os célebres arcos dourados.

No outdoor na fachada do restaurante BK aconselha-se toda a gentinha a manter o afastamento social em relação aos nossos vizinhos. E numa mensagem subliminar, diz-se nesta peça publicitária “Especially if he has a red nose”. Touché!...

Como bom cidadão rasca, compreendam que eu só posso aplaudir de pé estas sacanagens boladas pelo Advertising, meio onde eu já me movi em tempos idos, sem grandes saudades.

A vida dá muitas voltas, soe dizer-se... Mas quem de nós é que poderia imaginar alguma vez as putas das reviravoltas que todos nós de repente sofremos?...

sexta-feira, 8 de maio de 2020

• Bolsominions

Os “Bolsominions" é como passaram a ser denominados os cidadãos apoiantes - diria até fanáticos - do presidente Jair Bolsonaro, na gíria local do seu país, a Pindorama.

O muito bem bolado termo “Bolsominion” - como todos devem saber já, mas não é de mais explicar isto às pessoas que há muito deixaram de ser criancinhas - deriva dos Minions, esse pequeno exército de hirsutos seres amarelos - also known as Mínimos em Portugal, embora quase ninguém por cá tenha adoptado essa designação aportuguesada - que estão ao serviço nos filmes de animação da série “Despicable Me” - no Brasil chamam-lhe “Meu Malvado Favorito” e em Portugal “O Mal Disposto” - dos estranhos e terríveis projetos desse grande líder chamado Gru.

O autor deste blog patético também poderia muito bem ser apelidado de “O Mal Disposto”… Assim sou visto por muito boa gente... Mas não sou ainda tão famoso que justifique alguma outra alma dar-se ao trabalho de me pôr uma alcunha. Ainda não…

O autor deste blog, entre outras coisas, tinha até algumas semanas atrás uma franca actividade profissional como guia turístico. O que me impelia a ter que lidar e conviver com um significativo número de viajantes provenientes das terras de Vera-Cruz.

Muitos desses espécimens ou animais racionais eram genuínos Bolsominions. Mesmo quando aparentavam ser donos de alguma sagacidade.

No topo deste post disponibilizo um manual de bolso(naro) para entender quem ou como são os nossos turistas tupiniquins que pululavam por aí, até há uns tempos atrás, antes dos diversos confinamentos se terem implementado pelo mundo inteiro… 

Turistas esses que espero hão-de voltar. Com indivíduos em maior numero iguais à mulher de garra que se vê na pintura/meme aqui um pouco acima…