sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
• O tal de PERES
A A.T., a nossa querida Autoridade Tributária tem desde Novembro último um chamado “Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado”. Como isto é um nome comprido, resolveu-se abreviar a coisa numa singela sigla, que passou a designar-se… PERES.
Que amorosos e atenciosos que estes senhores parecem sempre querer ser comigo, caramba!…
Bom, mas isto até pode ser premonitório de alguma coisa. Até pode ser um sinal de que devo estar num bom caminho, na solitária e surda-muda luta que venho assumindo contra estes cabrões.
“Em Portugal tem havido, nos últimos anos, devido às políticas de austeridade, um grande crescimento de dívidas ao Fisco e à Segurança Social”, afirmou o Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais. Isto será verdade mas não é tudo.
Era preciso dizer que este tal Plano PERES não deveria ser assim tão “especial” mas antes a regra comum.
Pagar os juros de mora, as coimas e demais custos administrativos e o mais que os filhos da mãe da A.T. inventam e que ampliam qualquer pequena dívida fiscal para quantias astronómicas é que deveria ser considerado anormal e inaceitável. É que nem os maiores agiotas deste mundo teriam a vergonha de cobrar tais valores aos seus devedores!…
Já passei inclusivé ultimamente a usar na lapela do meu blazer azul escuro algo que me remete para outras paragens. A primeira de todas as bandeiras que esta lusa nação já conheceu. Semelhante à daquele país setentrional pelo qual me perdi com alguma paixão.
Nunca me senti imbuído do enraizado espírito tuga, de tão torpe que este é. Sempre me dei melhor com forasteiros do que com os meus toscos conterrâneos. Também há destes últimos de valor, é certo… Mas onde andam eles?…
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