sexta-feira, 12 de junho de 2020

• Cadastro?...

Não sei se fui só eu a reparar nesta tirada do nosso ainda ministro das finanças, que eu acho um bom pândego… 

Dizia ele isto a propósito de lhe perguntarem num telejornal em horário nobre se ele não julgava que haveria uma certa incompatibilidade entre a sua actual função e a presumível futura, a de governador do Banco de Portugal.


Eu aprecio bastante Mário Centeno, não haja aqui qualquer dúvida. Além da competência que demonstra na sua área profissional ser pelo menos bem acima da média - o que já não é pouco para um economista, ou seja um praticante de artes divinatórias - ele é ainda um senhor que tem resposta pronta para toda a provocação que venha por aí no seu caminho. Bravô! Bravô!…


Não, sr. Ronaldo das finanças, ter sido ministro - e principalmente no seu ministério - ainda não é cadastro. Ainda não. Mas dá que pensar esta sua frase…


É que, convenhamos, ser ministro das finanças, entre outras coisas, é ser o “padrinho” dum bando de malfeitores. De execráveis chefes de repartições de finanças, disseminados por todo o território. Que roubam, literalmente roubam milhares ou milhões de seus concidadãos. Sem dó nem piedade. À queima-roupa. Em nome de um sentido de estado, está certo… 


Para angariar verbas que serão postas ao serviço do bem comum, está certo, também… Mas roubam.


Eu fui espoliado por um safardana desses.


E gostaria de um dia ter hipóteses da minha causa ser ouvida. Mas se não for nunca… A vingança é um prato que se come frio.

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Nota: Caro Mário Centeno, nunca me hei-de esquecer desta sua gracinha, ao nomear um plano do seu ministério… Mas até lhe agradeço a deferência.

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