sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

• Bell’s palsy

Bell’s palsy. Ou em tugalandês, paralisia de Bell. Ou ainda paralisia facial idiopática. Da qual estou a ser acometido pela segunda vez. A primeira foi há cerca de ano e meio, descrita aqui.

Desta feita poupei uns cobres ao SNS, Serviço Nacional de Saúde, e não fui entupir ainda mais uma urgência de qualquer hospital público, neste pico da costumeira gripe invernal.

Automediquei-me. Afinal, já vivi esta situação e comprovei que o antídoto prescrito resultou. De modo que era só repetir.

Desta forma queimei etapas. Não quis passar de novo horas numa cadeira de rodas desnecessariamente. Nem quis ter o meu corpo sagrado espetado por agulhas para me sugarem amostras de sangue. Nem fazer uma TAC, Tomografia Axial Computorizada.

Este incidente está a causar que 2020 comece de um modo rasca para mim. Com uma travagem às quatro rodas. Um inconveniente de carácter físiológico, a roçar também o psíquico, mas que me presenteia com um bem muito precioso: tempo.

Tempo que estou a usar para reflectir. A começar devagar e preguiçosamente a reflectir sobre o que eu quero fazer com o meu tempo doravante. 

E a conclusão a que me sinto mais tentado a chegar é… Nada.

Se eu tiver o poder de não fazer nada com o meu tempo, é isso mesmo que me apetece fazer. Nada.