quarta-feira, 27 de abril de 2022

• A voz dos muros - XIX

O nascer duma consciência de nação. Ou o consertar duma nação destruída pela estupidez humana.

Já lá vão mais de dois meses deste conflito que nunca devia ter começado. E aqui vão alguns dos cartoons que os agredidos* fizeram dos agressores…


Putin a arder em fogo lento com as chamas assemelhando-se ao tridente ucraniano, esse símbolo nacional hoje em dia tão disseminado por todo o país, a exaltar um orgulho em si mesmo recém descoberto.

Já ouvi em reportagens de rua ucranianos transformados em refugiados a referirem-se ao sacana do Vladimir como "a besta". Aqui está como um bacorinho.

Um casal de namorados a admirar uma visão de algo tão "bonito" para eles quanto um pôr do sol romântico...

E lá longe um tanque russo "au flambé", premiado com uma dúzia de cocktails Molotov.

Putin deve ter pensado que a Rússia já tinha muitos destes brinquedos, de modo que podia muito bem mandar alguns para a Ucrânia para serem estragados.

Um soldado russo regressando a casa para junto da sua família, da sua esposa e de seus filhos queridos, todos tão amados, oferecendo a estes os despojos de guerra que terá conseguido trazer, ou melhor, arrancar daqueles pobres e indefesos seres que cegamente brutalizou, sem qualquer compaixão ou sentido de humanidade...

O "quebra-noz" russo com sérias dificuldades em lidar com a dura "noz" ucraniana...

Esta gente também já agora poderia ter poupado Piotr Illich Tchaikovsky e a Companhia de Ballet do Teatro Bolshoi às suas piadinhas... Mas já nenhum símbolo russo é sagrado para eles.

E por último, algo que devia envergonhar todos os russos: a pilhagem dos lares ucranianos das povoações ocupadas pelas tropas agressoras, sobretudo furtando... máquinas de lavar.

Incrível! Vergonhoso! Altamente revelador da baixeza e pobreza de espírito duma nação grande, dita a maior do nosso planeta e alegadamente das mais prósperas do nosso tempo. Mas que aproveita esta invasão para roubar algo tão básico dum povo seu vizinho que não viverá melhor do que eles...
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* Apesar da porrada que estão a levar duns brutos energúmeros, e de certo modo, cobardes... Os bravos ucranianos não perdem um fino humor e um sarcasmo sem quaisquer pudores.