quinta-feira, 26 de agosto de 2021

• Finalmente!...

Finalmente… Hoje lá fui vacinado no Centro de Vacinação de Odivelas. Após seis ou sete tentativas anteriores, hoje logrei tomar a vacina da Janssen, aquela que eu naturalmente preferia, dado ser a de toma única.

Por três vezes recusei que me fosse administrada a abjecta vacina da Astrazeneca, cujas sobras vamos despachar como hipócrita e sacana doação para os PALOP's.

Uma dessas vezes foi numa tentativa que fiz de ser vacinado fora do meu concelho de residência. Concretamente, no Centro de Vacinação  do pavilhão nº3 do Estádio Universitário de Lisboa. O único que fiquei a saber que teria a porta aberta para todos os cidadãos da área metropolitana de Lisboa. E em regime de casa aberta para indivíduos com mais de 50 anos. E também onde todas as pessoas, enfermeiros incluídos, que lá exerciam a sua função de atendimento ao público eram militares de camuflado. À imagem do seu grande líder, o vice-almirante Gouveia e Melo.

Nas restantes vezes tentei aproveitar o tal regime de casa aberta. Mas o “meu” Centro de Vacinação de Odivelas tinha filas enormes. O que naturalmente me desencorajou. Se já não curto nadinha agulhas a espetarem na minha carne… Aqueles cenários com que me ia deparando rapidamente me levavam a atirar a toalha ao chão.

Ocasiões houve em que lá arribei e tive a ilusão que seria desta, porque não havia vivalma a tentar entrar naquele antro!… Puro engano. Não se via ninguém porque as admissões para a casa aberta eram muito limitadas por dia. Cerca de 20 pessoas só. E eu lá dava meia volta ao cavalo.

Cheguei a equacionar prescindir de ser vacinado. Mas por outro lado, também a desistir do braço de ferro com a task force na minha pretensão de só tomar a “bácina” da Janssen* e admitir ser inoculado twice - but never on earth three times - com a da Pfizer.

Sem estar à espera, a semana passada, enquanto cogitava nestas hipóteses, recebo uma convocatória por sms. A segunda. no caso. Julguei que a task force se ia esquecer de mim, mas não. Ainda me quiseram apanhar na sua rede à viva força.

E já que várias individualidades faziam questão de me lembrar da necessidade absoluta de ser vacinado, com a minha filhota à cabeça desse pelotão, lá me rendi a receber a picadela.

Hoje segui o conselho de Jair Bolsonaro e deixei de ser maricas*. Aceitei a convocatória. Vamu lá!.., disse para mim mesmo.

Tive a enorme fortuna de me ter calhado a enfermeira Mónica Figueiredo. Que foi uma querida e muito humana na preparação psicológica que me fez para este solene acto médico a que ia ser submetido. Antes e depois do dito.

Não me doeu quase nada. Só demorou um pouco mais do que previam as minhas expectativas a permanência da seringa no convívio com o meu músculo do braço esquerdo. A coisa não foi bem, bem uma rapidinha…

Aquele doce clone de Florence Nightingale lá me avisou para pôr gelo em cima do sítio onde fui furado, à míngua da inflamação que o meu músculo iria sofrer. Mas até agora não tive grandes situações a socorrer. Só uma impressão ligeríssima. Mas já me disseram que no dia seguinte é que são elas…

E por agora é tudo, querido blog. Ou diário…

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* Isto porque a dada altura algum inspirado perito da DGS (ou de outra qualquer chafarica) impôs como limite etário superior para levar esta vacina os 59 anos… E eu tenho mais um. Mas porquê este número, 59, nada redondo?... Até parecia de propósito para lixar as minhas pretensões. Bem, também pesou nesta hipótese ter tomado conhecimento que não era incomum entre as pessoas que levaram esta vacina dar-lhes um fanico, mesmo em gajos com a constituição física dum armário.

** Bem, se calhar não era bem para isto que o Bozo exclamou que era mister pôr paneleirices de lado… Era mais para aceitar a gripezinha e o facto irredutível que todos vamos morrer um dia, mesmo.

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